Hands-on: Microsoft Hololens 2
Tempo de Leitura: 5 min
O nosso Head of Marketing viveu a experiência Microsoft Hololens 2 e conta, na primeira pessoa, tudo o que precisas de saber de saber sobre esta ferramenta:
Primeiras impressões
Bom, a primeira grande expetativa que tinha em relação ao Microsoft Hololens 2 era a mais visível e nem fez grande diferença: o visor movível. Se nos vídeos me pareceu uma ideia ótima, que permitia alternar rapidamente entre uma visão com e sem realidade aumentada, na verdade não senti uma mais-valia tão grande nas demos que realizei. Aliás, ao descer o visor, não foi fácil acomodar os óculos no headset, mas pode ter sido a minha falta de jeito natural. De qualquer forma, imagino que uma utilização mais intensiva revele a mais-valia desta escolha ergonómica.
O headset em si é bastante compacto, o visor escurecido (como na primeira versão) para reforçar o contraste dos hologramas sobrepostos ao mundo físico mas a primeira boa novidade é a leveza do equipamento – que depois não se verifica na ficha técnica, onde a diferença entre os dois equipamentos é de apenas 10 gramas (!). Ou seja, provavelmente é a distribuição do peso do hardware pelo headset que criou o conforto que senti – até o ajuste à minha cabeça inchada foi mais rápida e fácil. Acredito que isto permite usar um Hololens 2 durante todo um dia de trabalho e não apenas durante um período de uma a duas horas, como era anteriormente recomendado. Obrigado, profissionais de design.
Resolução de display e campo de visão
Um dos temas mais discutidos de sempre sobre o Hololens é o campo de visão. Que é muito pequeno, que não permite imersividade, que não garante uma experiência sequer semelhante aos vídeos promocionais. E muito embora isso não me chateasse nada, é tudo verdade e compreendo que possa ser uma frustração no momento de comparar a experiência com a expetativa criada por vídeos no Youtube. O aumento de cerca de 20 graus de campo de visão dá-nos uma experiência totalmente diferente – mantendo a visão periférica, sem a qual o meu cérebro começa a transmitir aquela náusea.
A resolução atual do Hololens 2 também melhorou e é agora 2k vs a resolução de 720 px da primeira versão. Toda a experiência de sobreposição de elementos 2D e 3D continua bastante fiável, tendo em conta que a deteção de superfícies é ainda realizada através de infravermelhos e um modelo 3D do espaço circundante é gerado persistentemente em cada Hololens.
Comandos & eye-tracking
Uma das principais transformações passa pelos comandos – sim, continuamos com comandos de voz e com a oportunidade de selecionar outros comandos com o olhar – mas para acelerar todos esses processos, contamos agora com tecnologia de eye-tracking que nos facilita o scroll de documentos – por exemplo, quando estamos a consultar documentação de suporte sobre um equipamento industrial.
Para além disso, os nossos gestos deixam de ser essencialmente o bloom e a pinça – temos agora uma diversidade muito grande de movimentos naturais, que visam essencialmente tornar a manipulação dos hologramas o mais próxima possível da manipulação de objetos reais. Se queremos pegar numa caixa, colocamos ambas as mãos nos lados da caixa e elevamo-la. Ou apresentamos a palma da nossa mão para que um colibri venhaa pousar nela. Virando a mão ou retirando-a, o colibri afasta-se.
Software out-of-the-box
A aposta do Hololens na Industria não se limita ao hardware – a inclusão de soluções como Remote Assist, Layout ou Guides facilitam a criação de casos à medida de cada negócio, porque se tratam de produtos com interfaces de gestão WYSIWYG, com curvas de aprendizagem severamente rápidas. Para além disso, garantem uma integração prévia com toda a família de software Dynamics 365, mas sobretudo a facilidade de criação de experiências de realidade aumentada on-demand.
Acredito que este é o aspeto em que o Microsoft Hololens vai transformar 2020 – porque com eats ferramentas, vulgariza-se a implementação de realidade aumentada nos processos da organizaão – estes deixam de implicar análise e desenvolvimento de uma app, UI ou UX. Esta criação rápida de experiências não só vai acelerar a adopção da tecnologia como cria a oportunidade para soluções complementares aos casos acima – em áreas da avaliação de conhecimentos, onboarding ou gestão de qualidade, por exemplo. Genericamente, estas soluções de criação rápida de experiências irão vulgarizar a utilização da tecnologia nas organizações – de forma se calhar muito semelhante a como o Office e o Windows invadiram os Personal Computers dos anos 80 com uma proposta de valor que criou o mercado de computadores domésticos. 😊
Tudo isto, associado à rede de parceiros Microsoft, acredito que posiciona a Microsoft como o principal fornecedor de soluções de Realidade Aumentada B2B a nível global em 2020.
O próximo Hololens possivelmente já contará com integração de IoT ou com funcionalidades de Machine Learning ou integração de RPAs – contudo, neste momento, a oferta existente no Hololens 2 é a que mais oferece para uma organização na integração de soluções de Realidade Aumentada. E nesse sentido, acredito que independentemente das novidades de 2020 e do aparecimento mais que provável de outros smartglasses, o Microsoft Hololens irá consolidar a sua posição enquanto líder e expandir o número de casos de utilização a serem usados – o que são boas noticias para a Realidade Aumentada, para a Economia e para os 1,5 Triliões de dólares que a Pwc estima serem criados na EU graças à Realidade Virtual e Aumentada.
Conte com a NextReality para ser o seu parceiro de confiança na transformação digital da sua empresa! Venha assistir a uma demonstração gratuita das nossas tecnologias e perceber as soluções que temos.