Equipas de Pokémons vs. Equipas de super-heróis
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Há exatamente três anos, a app Pokemon GO começou a bater os cinco recordes do Guiness World of Records que agora detém. Durante este tempo e através da tecnologia de Realidade Aumentada, muito boa gente (mais de 920 milhões de instalações) perseguiu bichos imaginários pelas ruas do globo e tivemos de tudo – desde engarrafamentos de cinco horas até a um aumento generalizado do exercício físico. Acho que é seguro afirmar hoje que este jogo mudou a nossa forma de viver em sociedade.
E quando pensávamos que a moda tinha desaparecido, eis que a Niantic, editora do jogo, lança uma nova versão do jogo – desta feita com recurso ao mundo de Harry Potter – e lentamente a loucura reinstala-se. Com tudo o que de bom e de mau isto traz para a nossa vida social e profissional.
A má notícia é que vamos continuar a luta contra alguns comportamentos de risco que estes bichinhos provocam nas equipas. Como motivar os nossos colaboradores a NÃO caçarem Pokemons no horário de trabalho? A evitarem viagens desnecessárias e por vezes perigosas de carro, enquanto jogam? Gerir Seres Humanos é mais difícil que gerir Pokémons – sobretudo quando os primeiros se comportam como os segundos.
Mas Realidade Aumentada tem igualmente um impacto bastante positivo nas equipas. Pode ajudar todas as organizações a potenciar talento e competências através dela. A questão é sempre – como o fazer? E é aí que nos apercebemos da resposta, que tem pouco a ver com tecnologia:
1. Recrutamento – Através de Realidade Aumentada, podemos criar uma simulação visual dum dia de trabalho na empresa, apresentando o espaço de trabalho, a interação com os colegas e as várias virtudes da empresa e função a que ele se candidata.
A par disso, é possível colocar os testes de avaliação de conhecimentos diretamente nas experiências em Realidade Aumentada – por exemplo, hologramas de clientes ou colegas que interagem diretamente com o candidato e colocam-no perante decisões, que devem ser tomadas num contexto visual que pode ser mais ou menos imersivo.
2. Formação / capacitação de competências – A par dos benefícios para o recrutamento, a Realidade Aumentada também pode influenciar a vida profissional dos funcionários em exercício na empresa. Formação técnica continuada, aquisição de competências de higiene e segurança no trabalho ou em recuperação de catástrofes são áreas que podemos “aumentar” nas empresas. Simulações de incêndios e outras catástrofes podem ser realizadas no próprio contexto do escritório – mas sem afetar o trabalho dos colaboradores que não participam delas. Nessa simulação, os espaços onde se encontram extintores podem ser destacados visualmente no espaço do próprio escritório, permitindo a cada colaborador saber mais rapidamente onde encontrar cada equipamento. Cada um deles pode inclusivamente apresentar ao colaborador um pequeno tutorial em Realidade Aumentada, onde o próprio objeto explica como funciona – ou seja, um tutorial que acontece diretamente sobre o objeto.
3. Trabalho flexível e colaborativo – mais e mais, a flexibilidade como política de trabalho numa organização adquire mais e mais importância para cada trabalhado. Por isto, a Realidade Aumentada pode criar várias formas de dinamizar a gestão de RH. A oportunidade de trabalhar colaborativamente com vários colegas remotos, que consigo visualizar como hologramas, garante-me uma experiência de trabalho partilhado que emula um espaço também partilhado. Para além disso, a oportunidade de teletransportar especialistas à distância garante que haja uma disponibilidade rápida desse talento no momento e local em que ele é necessário – o que tem um impacto tremendo se estamos a falar de resolução de avarias em equipamentos fabris, que implicam linhas de produção paradas.
É possível criar equipas de super heróis, que podem crescer na sua produtividade graças à tecnologia, e não apenas graças às novas competências. Mas reconhecer as oportunidades de transformação digital nas organizações é, em si, uma competência nova dos gestores de recursos humanos. Sem experimentarem cada uma destas novas formas de agir tecnologicamente sobre os RH, os gestores não conseguem revelar as mais-valias reais que esta tecnologia traz para a sua organização.
Existem várias oportunidades de potenciar a gestão de Recursos Humanos através da Realidade Aumentada ou mesmo de outras tecnologias, como Blockchain. O desafio está nos líderes e na capacidade destes alterarem os processos para que estas tecnologias consigam gerar ganhos visiveis. Viabilizar e tirar partido da transformação digital é, sem dúvida, o próximo grande propósito do gestor de recursos humanos.
Se quiser saber mais informação sobre as potencialidades da tecnologia na inovação dos processos e negócios, conte com a NextReality para ser o seu parceiro de confiança na transformação digital da sua empresa.
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